...
E são tantos os mistérios...
E há tanta magia na vida!
E tantos a passear por ela devagar ou com pressa que sequer conseguem ouvir os ecos que dentro deles alertam para o sentir... E divagar...
E tudo... Tudo mesmo pode em minutos mudar o sentido; re/ver/ter os sentidos dos sentidos...
E quem sabe, se se deixarmos de tentar entender sem ver... Num fechar de olhos, com a alma na ponta dos dedos talvez... Ou apenas seguir o próprio pulsar... Quem sabe, de repente, não ultrapassemos determinada linha imaginária, e, em outra dimensão, nos encontraremos...
E tudo real...
Se vês é real?
Mas com o quê? Com qual sentido vives e conheces o mundo, o outro a seu lado? Você?!
Não! O real não é o que vejo... O real é o que sinto e o que sinto sentirem...
E por que tantos fecham os olhos em entrega a um beijo apaixonado? Ou àquele beijo curioso... Sedento de experimentação... Ao beijo esperado, ou inesperado... Beijo sonhado?
E num beijo há tantas sensações e emoção...
Fechamos instintivamente os olhos para sentir o pulsar nele invisível... Tangível...
E o beijo é sempre pelas mãos buscado...
Re/parem!
Peles que se arrepiam e são tateadas... Coração que dispara... pernas que amolecem... Entrega que não se pode com os olhos ver... Enxergar!
Um beijo é um pré/sentimento que traz e busca tanto... E, tateando, as mãos buscam cada arrepio, cada pedaço do outro conhecer com a alma nelas pousada...
E há tanta beleza num beijo que a visão não pode nos mostrar...
E alguns são avassaladores e em tormentas sugam tanto que exigem re/provação... Viciam de tanta emoção...
E são um passo para a pura magia.. Alquimia da sedução... E, pura sede/são!
Certa vez, um beijo me adormeceu... Com um beijo também se mata... Com um beijo fingido as portas são fechadas... E, no entanto, mesmo isolada, o frio se faz na alma, no corpo e no coração que não mais dispara... E diz/para! São um basta às ilusões...
Nada visto, só sentido...
Aprendamos a enceguecer para melhor ver... Enxergar com a alma de/cor intuída...
E um beijo pousa de repente, e o mundo se cala... Enceguecemos... E há tantos sentidos que despertam...
Prestem atenção...
E assim, em outra dimensão, em um beijo que se fez vários... Senti, em meus braços que abraçavam, a falta de asas do anjo que em mim, no tombo caído, pousara...
E o anjo caído... Tinha de ser mesmo por meus braços amparados....
E tão confuso neste mundo tão 'real'... Tanta pureza no olhar... E tantas dores pelas asas arrancadas...
E queria voar!!! Mas neste mundo e sem asas como voaria?
E mesmo sem as asas, pela confusão povoado... Quanta proteção proporcionava...
Um anjo com estrelas no olhar... Com promessas de grande a/mar...
A prova encarnada de que o real é ilusório e que os sonhos são possíveis... Até tangíveis!
Perdido... Perdido e entre/laçado aos braços de uma perdida...
Perdida de tanto voar de um mundo dito real para o dos sonhos sentidos e vividos...
E num beijo de pura emoção... Se encontraram...
Se encantaram!
E de mãos entrelaçadas... Agora voam, mesmo sem asas, a provar que o que se vê não é real...
Que o que se sente é palpável...
E a poesia que se fez em carne fecha os olhos, une os lábios... E tudo faz sentir, tudo é tocado!
E na sinfonia desta emoção, voam mesmo sem direção!
...
Minha querida "louquinha" que adoro...
ResponderExcluirÉ na cegueira que se constitui o verdadeiro amor, ainda que ele precise ser tolerado justamente em suas diferenças - que devem estar visíveis para ambas as partes!
Amar é ignorar os defeitos do outro e, mesmo que isso pareça uma tarefa impossível, é nela que se constitui a possibilidade do vínculo... Afinal, todos temos nossos erros, acertos, falhas e conquistas...
Cabe usar o bom senso e mediar! Mas como ensinar isso ao coração?
Um dia a gente aprende!!
Lindo texto... Já estava com saudade, muita saudade, de ler você!
Beijosssss!