...
E a menina estendia as mãos...
Olhos arregalados, assustados, de tantas povoada!
Por dentro gelava, tremia, gritava, brigava e com tantas duelava... Quase se matavam!
Era todo um mundo!
Um mundo, que uma só menina só, desde a primeira meninice vira, como as antigas pólis, em si desorde/nada/mente se construir.
E em nome de cada vez mais necessidades, novas e avançadas acomodações eram em si levantadas, e, para tanto, via-se dia a dia pedaços de si implodir... desmoronar... Cair!
Às vezes calada assistia... Outras desesperava diante do vendaval de tantas idas e vindas, e tantas vidas dentro da própria vida... Do corpo da alma que a vestia!
E tudo estava lá... Está lá! Estampado em seu olhar brilhante: esbugalhado... Berrante!
Se não fosse ignorado...
Se a fitassem, viriam com certeza as mãos esticadas clamando solidão!
E há tantos que tanto reclamam desta tão dita solidão...
Como será ser só?
A menina só sabe o que é ser tantas...
Talvez para se ficar só, há alguns, seja necessária a companhia de uma voz externa... Uma mão amiga, que estendida os tire, os puxe da multidão que tantos são!
Pode-se esconder dentro de um armário fechado, em algum deserto jogado... E mesmo assim...
Mesmo assim, tantas vozes que não cessam, incomodam, impedem o silêncio de si... Não calam! Discutem, se contradizem! Algumas soluçam, outras gargalham, algumas pedem, outras desejam...
E são tantas: como haver solidão?
E a menina... A menina parece já não conseguir deter o que dentro de si já parece lhe prender; ela mesma havia construído prisões; queria acabar com a confusão; prenderia ali todos os baderneiros que em si suas regras e entranhas viviam rasgando...
Decretou, a menina, que como nela chegara primeiro, todos a ela deviam obediência e submissão!
Mas era só uma menina só!
E sozinha com todo aquele povo, com toda aquela multidão, assistia assustada a grande revolução!
A menina que não crescia já não mais podia... Vira-se ela mesma cercada, encurralada, e por todos presa na própria prisão...
Confusão!
E era com o olhar que estendia as mãos....
Como sair desta multidão?
...
E a menina ficou assim rica de emoção, com tantas em si provocando confusão. Louca e santa confusão.
ResponderExcluirBeijos e carinhos!
Minha querida Kel...
ResponderExcluirCada texto seu, um presente para a alma! É assim que defino... é assim que vejo... é assim que sinto!
Muitas vezes, também já me deparei com essa menininha que é uma, mas também são tantas!
E pensamos que ela cabe no espaço da alma, mas se sente tão perdida quando a deixamos só!
Compreensível confusão, perfeito entendimento... A vida se encarrega de mostrar o momento certo de carregar a menininha no colo, trazendo-a pra dentro do coração!
Adorei! Me identifiquei! Delirei!
Beijo muito carinhoso!
E tantas vezes falamos e tantas visitas e comentários fizestes e eu nada. Loucoparavir, loucoparaler,loucoparacomentar e nada.
ResponderExcluirQue louco, que loucura.
Abraço
E a menina sempre a pagar pelos erros alheios....
ResponderExcluirE ela só queria crescer, viver experenciar os mistérios e os véus das fantasias íntimas..
Bjusss desconfusos
Sil
Olá LOUCA! Passei pra conhecer e acho que sou um tantinho louca também porque coloquei pra seguir rsrsrs mas vou voltar com mais tempo e ler você! bjs
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